PRIMEIRO LUGAR NO III CONCURSO LITERATURA E CRÔNICA MOACYR SCLIAR COM A CRÔNICA: "A ESTRANGEIRA".
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
DEZEMBRO / 2008
PRIMEIRO LUGAR NO III CONCURSO LITERATURA E CRÔNICA MOACYR SCLIAR COM A CRÔNICA: "A ESTRANGEIRA".
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
HOJE É DIA DO ALMOÇO PROMOVIDO PELA ACADEMIA NITEROIENSE DE LETRAS PARA PREMIAR OS AUTORES DA ANTOLOGIA 2008 / DENTRE OS DEZ POEMAS CLASSIFICADOS:
O PLANETA COLORIDO
(premiado pela Academia Niteroiense de Letras/RJ/2008)
Um planeta colorido
João fez com hidrocor
Fundo do céu de outra cor,
todo riscado e preenchido
O corpo de papel desenhado
em tom de roxo divertido
exibe um céu encantado
com seu planeta colorido
Azul, verde, amarelo e vermelho
Eis as cores do astro vaidoso ...
Guardo o ilustre desenho tão vistoso
E João aparece novamente ...
Ostentando no caderno outra arte:
dessa vez, em vermelho, o planeta Marte
Já é tarde ! Hora de João dormir ...
Ele reclama: tinha tanto a colorir !
Mas adormece e apesar de interrompido,
prossegue, em sonho, com o planeta colorido
João fez com hidrocor
Fundo do céu de outra cor,
todo riscado e preenchido
O corpo de papel desenhado
em tom de roxo divertido
exibe um céu encantado
com seu planeta colorido
Azul, verde, amarelo e vermelho
Eis as cores do astro vaidoso ...
Guardo o ilustre desenho tão vistoso
E João aparece novamente ...
Ostentando no caderno outra arte:
dessa vez, em vermelho, o planeta Marte
Já é tarde ! Hora de João dormir ...
Ele reclama: tinha tanto a colorir !
Mas adormece e apesar de interrompido,
prossegue, em sonho, com o planeta colorido
(do livro POR ARTE DE MAGIA)
* Cris Dakinis
terça-feira, 11 de novembro de 2008
sábado, 25 de outubro de 2008
OUTUBRO/2008
TERCEIRO LUGAR no Concurso Literário da Secretaria de Cultura de Turismo de Valinhos/SP com o conto: "HOMENAGEM AO ABÍLIO"
domingo, 12 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
sábado, 27 de setembro de 2008
EM 27 DE SETEMBRO DE 2008: POR ARTE DE MAGIA
sábado, 26 de julho de 2008
Mário Quintana disse em 1967...
JULHO/2008
(TERCEIRO LUGAR em POESIA na Academia Carioca de Letras- Ciclo Machadiano- 2008)
ESSA CARTA ( Carta de Capitu )
(Para Machado de Assis: em homenagem)
Essa carta que por mim foi redigida
Tem seu fim em mim; silente, guardada
Carta, reste ao fundo, lacrada, trancada
Receba-a, gaveta: é da minha vida !
Nascida com talhe de boa figura
De humilde, mas caprichosa criação
Fui feita de uma estrutura segura
Para quê ? Eis agora, essa humilhação !
Desdém, conheço-te desde o meu ninho
Meu pai, perturbado; eu, ainda criança ...
Só de minha mãe auferi confiança
Éramos tão-somente vizinhos de Bentinho
Foi estreitado, à guisa de carinho,
meu nome: Capitulina __ assim alongado
Não de um qualquer, mas de nobre Machado
Em meio ao caminho, quedou-me Bentinho
Teimei minha vida, destemida e ousada ...
Cuidadosos amantes ao amor incitamos
Valeu isso muito, decerto casamos ...
mas Bento sondava-me. Eu dissimulada ?
De Glória vivi, que era minha sogra
Que fora meu lar; na Glória moramos
A Glória deixamos; eu abandonada ...
Eu sou a culpada ?
Do imenso vazio, o mar tão cruel
De tanta batalha, candura e flor
Que eram ganhos, glória, vitória e amor
Bentinho em desvario; Ezequiel ao fel !
O mar e Escobar; ao alto, uns astros infinitos ...
Luzia seu olhar como o mar, mas nunca imitado
Embora ambos claros, eram distintos ...
Um engoliu o outro; foi um mau fado ...
Ezequiel ! Quem não sabia ?
Aquilo, do menino, era mania !
A todos que ele via eram imitados
E são meus os olhos “dissimulados” ?
Filho da revolta de meu olhar de pesar
Tal metáfora animou insana mente
Esquecido foi o meu beijo ardente
Comparados: ressaca, mar e Escobar
Inseguro, imaturo, indiferente, iníquo ...
Oh, insegurança !
Oh, indiferença !
Pesa-me, deveras, um olhar “oblíquo” ?
Por Machado, quedo exilada
Nessa vida de lassa ilusão
Encerro, doída, essa carta
Eu tolhida à lama, ao chão
Momentos felizes; houve dor, houve doença
Fora tudo; foram todos em vão ?
Não sobreviverei para dar explicaçãoBasta essa carta; adeus à santa indiferença
Essa carta que por mim foi redigida
Tem seu fim em mim; silente, guardada
Carta, reste ao fundo, lacrada, trancada
Receba-a, gaveta: é da minha vida !
Nascida com talhe de boa figura
De humilde, mas caprichosa criação
Fui feita de uma estrutura segura
Para quê ? Eis agora, essa humilhação !
Desdém, conheço-te desde o meu ninho
Meu pai, perturbado; eu, ainda criança ...
Só de minha mãe auferi confiança
Éramos tão-somente vizinhos de Bentinho
Foi estreitado, à guisa de carinho,
meu nome: Capitulina __ assim alongado
Não de um qualquer, mas de nobre Machado
Em meio ao caminho, quedou-me Bentinho
Teimei minha vida, destemida e ousada ...
Cuidadosos amantes ao amor incitamos
Valeu isso muito, decerto casamos ...
mas Bento sondava-me. Eu dissimulada ?
De Glória vivi, que era minha sogra
Que fora meu lar; na Glória moramos
A Glória deixamos; eu abandonada ...
Eu sou a culpada ?
Do imenso vazio, o mar tão cruel
De tanta batalha, candura e flor
Que eram ganhos, glória, vitória e amor
Bentinho em desvario; Ezequiel ao fel !
O mar e Escobar; ao alto, uns astros infinitos ...
Luzia seu olhar como o mar, mas nunca imitado
Embora ambos claros, eram distintos ...
Um engoliu o outro; foi um mau fado ...
Ezequiel ! Quem não sabia ?
Aquilo, do menino, era mania !
A todos que ele via eram imitados
E são meus os olhos “dissimulados” ?
Filho da revolta de meu olhar de pesar
Tal metáfora animou insana mente
Esquecido foi o meu beijo ardente
Comparados: ressaca, mar e Escobar
Inseguro, imaturo, indiferente, iníquo ...
Oh, insegurança !
Oh, indiferença !
Pesa-me, deveras, um olhar “oblíquo” ?
Por Machado, quedo exilada
Nessa vida de lassa ilusão
Encerro, doída, essa carta
Eu tolhida à lama, ao chão
Momentos felizes; houve dor, houve doença
Fora tudo; foram todos em vão ?
Não sobreviverei para dar explicaçãoBasta essa carta; adeus à santa indiferença
* Cris Dakinis
domingo, 8 de junho de 2008
Sinal de alerta
Sinal de alerta
Fique atento ao assédio: o tédio não alivia
quando o céu escurece e o tempo esfria.
Pode estar de tocaia no desvão de um prédio
ou nas dobras do coração.
Voraz ou não, fugaz ou persistente.
Mas sempre se faz presente e não alivia
quando o céu escurece e o tempo esfria.
(Wanderlino Teixeira Leite Netto - Poeta pertencente à Academia Niteroiense de Letras)
sábado, 7 de junho de 2008
NOITE SEM LUAR
(Menção Honrosa no III concurso de contos da cidade de Cordeiro/RJ/Dezembro 2007)
Noite de longa escuridão foi aquela...
Começou às 19:64.
_ 19:64? E isto por acaso existe? Os minutos vão até cinqüenta e nove, ora!
Não existe mais; mas já houve. E foi entre 19:64 e 19:84, aproximadamente, que durou aquela Noite. Depois, clareou lentamente. Bem aos poucos clareou. Veio o dia, mas restaram nuvens e torrentes remanescentes daquela escuridão nefasta.
Quando uma noite é prolongada, a maioria dorme. Mas naquela Noite sem Luar, se não fosse para espreitar e contar que tinha gente alerta, que tinha gente fazendo barulho, ou pior, se não fosse para “vigiar”, não era permitida a vigília. Era obrigatório dormir; nem que fosse de fingir.
Vigília lembra soldados. Soldados ficam de prontidão. Pois não são eles que defendem a Nação? Mas que Nação esta, que dormia numa penumbra prolongada do absurdo? O dia veio... Mas demorou uns vinte anos para ressurgir, e como dito lá em cima: cheio de nuvens.
Mais intrigante que a duração da noite nos minutos desencontrados, foram os relatos e desencontros de pessoas desaparecidas naquela Noite sem Luar.
__ Jovens saíram de faculdades? Eles ainda não chegaram em casa? Hum...
Se eram estudantes de Filosofia, Comunicação ou de Sociologia, o breu daquela Noite sem Luar caía sobre eles com tamanha intensidade!
__ Ah, eram músicos? Eram artistas? Eram ativistas? Ih... Jovens com tais predicados logo desapareciam na densa escuridão. De nada adiantava serem de famílias influentes, pois a Noite sem Luar dificilmente devolvia suas “presas”.
A Noite sem Luar fora feita para um sono prolongado. Vivia bem quem mantinha os olhos fechados.
__ Dava para conversar nem pouquinho? __ Pouquinho, só se fosse baixinho. Era torcer de não ser escutado, ou preparar as malas e rumar para outro lado.
__ Outro lado? Então havia claridade?
__ Mas claro! A escuridão não cobria toda face terrestre. No entanto, onde ela permanecia, o barulho era só de patrulhas buscando os insones para explicar a desobediência... Tal como pais autoritários que vigiam e ordenam: __ Calem-se! Teve até artista a cantar “Cálice”! Tão logo, algum indesejado barulho fosse ouvido, lá vinha uma reprimenda: um terrível castigo.
__ Mas se era tão intensa essa Noite sem Luar, como faziam as pessoas para se verem? Como faziam? Aguardaram tanto tempo para falar?
__ Ora, foi justamente porque houve os que falaram, os que, de fato, gritaram por descontentamento: gritos lancinantes de sofrimento, que fizeram as trevas enfraquecerem.
Houve estrondosa felicidade quando os filhos, antes repreendidos, retornaram livres. Aí sim, houve “Alegria Alegria” pois a liberdade é requisito essencial para a trilha esclarecida em uma sociedade feliz.
Já são 20:08... O relógio até parece estar em ordem...
Começou às 19:64.
_ 19:64? E isto por acaso existe? Os minutos vão até cinqüenta e nove, ora!
Não existe mais; mas já houve. E foi entre 19:64 e 19:84, aproximadamente, que durou aquela Noite. Depois, clareou lentamente. Bem aos poucos clareou. Veio o dia, mas restaram nuvens e torrentes remanescentes daquela escuridão nefasta.
Quando uma noite é prolongada, a maioria dorme. Mas naquela Noite sem Luar, se não fosse para espreitar e contar que tinha gente alerta, que tinha gente fazendo barulho, ou pior, se não fosse para “vigiar”, não era permitida a vigília. Era obrigatório dormir; nem que fosse de fingir.
Vigília lembra soldados. Soldados ficam de prontidão. Pois não são eles que defendem a Nação? Mas que Nação esta, que dormia numa penumbra prolongada do absurdo? O dia veio... Mas demorou uns vinte anos para ressurgir, e como dito lá em cima: cheio de nuvens.
Mais intrigante que a duração da noite nos minutos desencontrados, foram os relatos e desencontros de pessoas desaparecidas naquela Noite sem Luar.
__ Jovens saíram de faculdades? Eles ainda não chegaram em casa? Hum...
Se eram estudantes de Filosofia, Comunicação ou de Sociologia, o breu daquela Noite sem Luar caía sobre eles com tamanha intensidade!
__ Ah, eram músicos? Eram artistas? Eram ativistas? Ih... Jovens com tais predicados logo desapareciam na densa escuridão. De nada adiantava serem de famílias influentes, pois a Noite sem Luar dificilmente devolvia suas “presas”.
A Noite sem Luar fora feita para um sono prolongado. Vivia bem quem mantinha os olhos fechados.
__ Dava para conversar nem pouquinho? __ Pouquinho, só se fosse baixinho. Era torcer de não ser escutado, ou preparar as malas e rumar para outro lado.
__ Outro lado? Então havia claridade?
__ Mas claro! A escuridão não cobria toda face terrestre. No entanto, onde ela permanecia, o barulho era só de patrulhas buscando os insones para explicar a desobediência... Tal como pais autoritários que vigiam e ordenam: __ Calem-se! Teve até artista a cantar “Cálice”! Tão logo, algum indesejado barulho fosse ouvido, lá vinha uma reprimenda: um terrível castigo.
__ Mas se era tão intensa essa Noite sem Luar, como faziam as pessoas para se verem? Como faziam? Aguardaram tanto tempo para falar?
__ Ora, foi justamente porque houve os que falaram, os que, de fato, gritaram por descontentamento: gritos lancinantes de sofrimento, que fizeram as trevas enfraquecerem.
Houve estrondosa felicidade quando os filhos, antes repreendidos, retornaram livres. Aí sim, houve “Alegria Alegria” pois a liberdade é requisito essencial para a trilha esclarecida em uma sociedade feliz.
Já são 20:08... O relógio até parece estar em ordem...
Cris Dakinis *
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