ALTARES ALTERADOS
Eu vivo quebrando regras
Desde a infância e dos sacis
Que em meus cadernos
Tinham sempre duas pernas
Pintava casas sem portas
Pra ninguém do bem sair
Ninguém do mal entrar
E profanar meu altar anímico
Com bonecos sem cabeça,
insetos moribundos
O retrato de minha avó
E coisas de outro mundo
Das gaiolas voei aves,
E a vida se aprumava...
Na ponta de meu lápis...
Cresci e inda vivo
Destroçando normas
Invocando deuses
Desfigurando formas...
E assim vento em popa meu destino,
Cobre-se de diversão quando lamento
Chora de dor quando rio...
E para iludir-me
Deito-me em umbrais
Posto que meus horizontes
São sempre verticais.
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