foto: Getimage
Enquanto a lagoa desenha
a estampa sonora
da revoada de passarinhos
de volta aos ninhos,
eu flerto com o entardecer
posto que nos sintonizamos
com as árvores barulhentas
e o aroma das folhas verdes
na orla salgada e úmida...
Há um ritual pagão
nas tardes de abril:
a areia perdendo o bronze
o horizonte ganhando lume
o vento morno e moroso
a chuva por acontecer...
Uma coruja antecipa o anoitecer
no teto baixo da nuvem fria,
o silêncio dorme em cada ninho,
e eu retomo o meu caminho.
*Cris Dakinis
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